As apresentações do monumental oratório A Criação, de Joseph Haydn, serão acompanhadas por projeções das obras de Antonio Peticov
São Paulo, 24 de maio de 2024 – “Essa é a primeira vez que faço algo desse gênero, e não poderia ser melhor.” É assim que Antonio Peticov explica a emoção de participar da próxima montagem da UNIOPERA, no mês que vem. E vindo de um dos maiores artistas brasileiros em atividade, que já experimentou diversas formas de expressão, não é pouco.
A aproximação entre Peticov e a UNIOPERA começou há cerca de dois anos, com conversas periódicas com o maestro Luciano Camargo, diretor artístico da entidade. “Durante as minhas pesquisas sobre o oratório A Criação, de Joseph Haydn, eu ficava imaginando se não haveria algo visualmente tão inspirador para representar essa obra”, conta o regente. “Quando eu conheci o Peticov, vi a possibilidade de ter um espetáculo que unisse uma visão do Gênesis à sua visão transcendental.”
Assim nasceu o mais novo espetáculo da UNIOPERA, que terá curtíssima temporada no Teatro B32, em junho. Peticov abriu o seu acervo para que sete obras fossem escolhidas e projetadas ao longo da execução do oratório. “Por causa dessa generosidade, teremos uma seleção muito representativa das obras do artista, que serão também um espectro da trajetória dele, também”, explica Camargo. “Ao final, teremos ‘as criações’ de Haydn e de Peticov.”
Peticov tem uma ligação com a música desde a adolescência e, o que muita gente não sabe, foi o empresário da banda O’Seis, que movimentou a cena cultural paulistana na década de 1960 e que, anos mais tarde, viria a ser Os Mutantes.
“A música me emociona de maneira absurda, eu trabalho ouvindo música. Fico pensando como terá sido o processo criativo do Haydn, ligando a história da criação do mundo ao som”, afirma. “Nasci dentro de uma igreja, meu pai era pastor da Igreja Batista e me custou muito para eu abandonar o dogma. Hoje eu não procuro um livro sagrado, eu procuro o sagrado dentro dos livros.”
Para esse projeto, foram convidados os solistas Yohana Granatta (soprano), Jabez Lima (tenor) e Flavio Borges (baixo-barítono), que estarão acompanhados da Orquestra Acadêmica de São Paulo e do Coral da Cidade de São Paulo, ambos sob a regência de Luciano Camargo.
Esta será a primeira vez que a UNIOPERA se apresentará no Teatro B32. Serão apenas três datas: 29 e 30 de junho e 1º de julho.
Sobre a UNIOPERA
A UNIOPERA (Associação Coral da Cidade de São Paulo) é uma entidade não-governamental sem fins lucrativos dedicada à difusão da ópera, da música de concerto e do canto coral. São mais de 20 anos de tradição, realizando montagens nas principais salas de espetáculo no estado de São Paulo. Desde 2016 realiza regularmente temporadas de concertos sinfônicos e óperas no Teatro Bradesco, em São Paulo.
Desde sua fundação, em 2002, mais de 2 mil pessoas já tomaram parte do Coral da Cidade de São Paulo e de seus cursos de teoria musical, solfejo e técnica vocal, oferecidos gratuitamente para participantes de todas as idades, profissões e interesses. A entidade, constituída juridicamente desde 2009, possui atualmente centenas de associados e participantes de suas atividades artísticas e formativas.
A UNIOPERA é pioneira em produções independentes na área da música de concerto e ópera, e realiza espetáculos de grande porte fora do circuito estatal, com a participação voluntária por meio de um coral comunitário, inspirado no modelo da “Wiener Singverein” (União Vienense de Canto).
Serviço:
Joseph Haydn – Oratório A CRIAÇÃO
Cia. UNIOPERA
Solistas:
Yohana Granatta (soprano)
Jabez Lima (tenor)
Flavio Borges (baixo-barítono)
Regência: Luciano Camargo
Teatro B32
R. Lício Nogueira, 92 – Itaim Bibi, São Paulo – SP
Dias 29 e 30 de junho, às 16h
1º de julho, às 20h
Realização: Associação Coral da Cidade de São Paulo/UNIOPERA |Link
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